Um é 50 dois é 1 real

Eu sou uma noob, não sei botar foto nesse troço. E noob me lembraa boob, o buby da liiiiiiiiz. AAh, descobri nesse minuto (são 15:58) como botar foto, estou ficando menos noob, AEAE.
Mas enfim, antes de tudo eu gostaria de dizer que eu ouvi a versão de Black or White regravada pelo McFly do Michael Jackson e é legalzinha, mas cara, a do Mike é mil vezes melhor - nada contra vocês, McFly ;* - So...
Voltando ao assunto do post... Eu estava indo, feliz, para o Kumon de ônibus, até que, um segundo depois, minha felicidade se esvaiu ao ver um vendedor de amendoins oferecer seu produto e constatar que ninguém - nem eu e provavelmente nem ele mesmo - queria comprar um amendoim. O homem gritava o tempo todo: "Um é 50, dois é 1 real" e ninguém, ninguém sequer olhava para a cara dele. Estavam todos centrados em sua vidinha, ouvindo seus iPods com seus fones de ouvindo, mascando chiclete, roendo as runhas. Se eles parassem para olhar para a cara do sujeito, veriam, como eu vi, um rosto desolado, os olhos brilhantes, a coragem indo embora, a vontade de sair dali, e de nunca ter pisado naquele ônibus, se tornando cada vez mais intensa. E então, uma mulher com uma daquelas malas para notebook da apple gira a roleta e dá um pisão em seu pé sujo e cansado, calçado em um chinelo - que nem Havaiana era - velho e desbotado. O homem parece não sentir o pisão, acho que ele estava preocupado com outras coisas naquela hora, como em o que dar de comer a sua família, ou em sua mãe doente, talvez até em seus filhos que não tinham roupas para usar e uma televisão para se entreter (o que me lembra que o prof. M de Geografia nos disse um dia que as pessoas não eram pobres porque tinham filhos, mas tinham filhos poque eram pobres, pois quando se tem o dinheiro contado para comprar o pão da família, você não vai gastá-lo em preservativos, e na hora da suruba, ninguém nem lembra UAHAUHAUAH). Enfim, coisas mais importantes.
Eu estava a ponto de chorar quando o homem se pôs a andar até o fim do ônibus - alguém provavelmente o teria solicitado - mas quando eu me virei para trás, apenas pude ver um pobre homem com uma caixa cheia de amendoins descendo do veículo. Qualquer pessoa nessa situação se sentiria frustrada, irritada, cansada, exausta até mesmo para agradecer, mas antes de partir, o homem disse, em voz alta: "Valeu, Motô!". Eu só pude pensar que, se minha avó estivesse ali, ela iria comprar uns amendoins, ela ama amendoins.

Me chamem de emo, de fresca, de gente que não tem mais o que fazer e qualquer outra coisa do gênero, mas eu realmente fique muito triste com essa história toda do homem e tals, e podes crer que eu não sou assim sempre, foi realmente um evento e tanto. Acho que nos deveríamos parar para pensar um pouco no aperto que as pessoas - não precisa ser ninguém muito longe - no nosso meio mesmo estão passando, sei lá. Você vê o contraste, sábado eu fui a uma festa na qual as pessoas se serviam de caviar e vinho tinto e os garçons praticamente eram suas damas de companhia, sempre estavam do seu lado, como pode isso acontecer? Do lado da fetsa estava tocando um funk, e um monte de garotas se esfregavam em um monte de garotos e NEM tinha comida, era só um barraco e uma batidinha (sabe como é, funk não é música) lá, sem DJ, sem nada. Essa é a nossa realidade, e tudo bem que o psot ficou sério e que isso aqui era pra gente se divertir, mas eu acho que vocês podem entender o meu ponto de vista crítico aqui.
E nem digam que eu usei palavras difíceis x)

p.s. hoje eu dei à luz (perguntem à Green e a Yellow) à uma babylicious, o nome dela é Rafa-ana Juliel Mathila* Jatheus* Santos Reis D'Almeida Tavares*.
*-esses nomes aí vão CONTRA a vontade da mãe, ou seja, euzinha aqui =)

well, isso é tudo pessoal e eu sou a blue *-------*